sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Antony em Portugal: A minha prenda de Natal antecipada


Foram publicadas hoje no site e no myspace do Senhor Antony e dos seus The Johnsons as datas para a digressão europeia. E o meu coração saltou quando encontrei pelo meio três concertos agendados para Portugal que não me vão de forma nenhuma escapar. Se ainda não têm agenda para 2009 façam o favor de comprar rapidamente e marquem a data que mais vos convém.
Imperdível!

14 de Maio: Lisboa - Coliseu

16 de Maio: Braga - Theatro Circo

18 de Maio: Porto - Coliseu



quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Diz que sou...

Click to view my Personality Profile page


(Who Am I?, Peace Orchestra)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Revival", na secção de peças únicas

Entrou-me no ouvido pel' O Indigente no caminho para casa e soou-me às mil maravilhas. Soulsavers para mim são novidade e Revival (que conta com a participação de Mark Lanegan) é para já peça única na minha colecção de sons, parecendo-me contudo que o será por pouco tempo já que esta é uma amostra cheia de uma soul muito prometedora.

Enjoy!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Canções de embalar precisam-se...

... para chamar um sono pacífico, para afastar o cansaço da mente, para evocar anjos que nos protejam dos fantasmas que nos levam o descanso, para atrair sonhos, para desenhar no adormecer um sorriso tranquilo...




Great Lake Swimmers - Song for the Angels

domingo, 7 de dezembro de 2008

Porque rir também é orar...

São três (Pedro Luzindro, Pedro Saavedra e Ricardo Cruz), andam muitas vezes semi-nus a deambular pelo palco com sabe-se lá o quê a aumentar o volume nas cuecas (passando inclusivé o tempo a tentar provar que a enormidade africana é um mito) e contam algumas das mais interessantes passagens da Bíblia num tom de paródia que faria muitos dos autores da palavra sagrada dar voltas ao caixão...

"A Bíblia: Toda a Palavra de Deus (d´uma assentada)" (The Bible: The Complete Word of God (abridged)) de Reed Martin, Austin Tichenor e Adam Long e encenação de Juvenal Garcês, (que passou pelo Cine-Teatro de Estarreja no passado sábado e anda pelo país fora a disseminar a palavra de... Deus?...) é uma comédia que vale bem a pena ver, não só pelo cariz didáctico mais eficaz que conheço, que é tão somente aprender rindo (muito prático para quem nunca leu a Bíblia nem frequenta a missa), como pela interacção com o público que dá largas ao imprevisto, obviamente hilariante num contexto de comédia como este.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Floating in a black hole


Such a wonderful life when it’s weighing you down
Are you in control?
The suburban reign always stays the same
Like the hollow smile cracking up your face

Take your battered soul, wear it as a crown
All that numbs you
Run a thousand miles, ’till you hit the ground
All that numbs you now
And days roll into one and the same on you
The world revolving around your spinning head

Make the fences high
Make the blinds go down on the world outside
Maybe the day will come
When you wake up not feeling anything
No more tears and no more pain

Take your bleeding heart, wear it on your sleeve
All that numbs you
Stare into the sun, the blind relief
All that numbs you now
As the years roll into one, only numbers change
The world revolving around your spinning head
The world revolving around your spinning head
The world revolving around your spinning head

Take your battered soul, wear it as a crown
All that numbs you
Stare into the sun, the blind relief
All that numbs you now
As the years roll into one, only numbers change
The world revolving around your spinning head

All That Numbs You, Thomas Feiner & Anywhen

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tesourinho nada deprimente!!!

Elas são a bandeira do Portugal profundo no estrangeiro... Dançam como deusas e cantam verdadeira poesia! Para apreciar de coração aberto...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

The Portugals, porque o amor é um lugar estranho


A cara não tem qualquer semelhança com a careta. The Portugals, Né e Paulo, apresentam uma imagem revestida de um humor inteligente e irónico e uma música absolutamente rendida à sensibilidade que provoca um transbordar de emoções e sensações que nos lembram como é bom estarmos vivos.

Os dados estão lançados com SETUBAL, o primeiro EP com 4 pedaços de vida que nos deixam a pedir por mais.

Façam lá o favor de gastar cinco míseros euros. É quanto vale um novo amor. Intenso. Demasiado íntimo. Estranho. Maravilhosamente estranho.

Eles são especiais. E vão ser gigantes.

(Give it to me)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sigur Rós e o cumprimento de uma promessa

Por entre as correrias do costume lá se vai arranjando tempo para tomar os remédios que me vão garantindo saúde mental...
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Quanto ao concerto de Joan As Police Woman no CCVF, ele já falou, e muito bem, pelo que me limito a reencaminhar para os Recortes aqueles que quiseram mas não estiveram em Guimarães no passado dia 8.

Já sobre os islandeses de quem tanto se fala nos últimos tempos, tenho talvez algumas palavras a dizer, se bem que acho que as palavras sujam a verdade, conspurcam a beleza do momento que se viveu na passada terça-feira no Campo Pequeno, pois não há na linguagem termos suficientemente grandiosos para a magnitude e a magia do espectáculo dado pelo colectivo composto por Jón Þór Birgisson, Georg Hólm, Kjartan Sveinsson e Orri Páll Dýrason.
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Eles cumpriram a promessa: "com um ruído nos ouvidos tocamos incessantemente"; é o que se diz significar Með suð í eyrum við spilum endalaust, o nome do mais recente álbum que se apresenta com algumas canções mais festivas sem no entanto perder a intensidade a que já nos habituaram.
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O silêncio caiu sob um Campo Pequeno cheio quando os primeiros sons de Svefn-g-englar soaram desde o palco, com o arco de violoncelo deslizar nas cordas da guitarra eléctrica do vocalista Birgisson. E daqui para a frente não sei como vos contar... Passei o concerto embasbacada, embriagada de arrepios e lágrimas nos olhos...
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A cada nova etapa arrependia-me profundamente de todos os concertos dados em Portugal que perdi... Sem querer deixar de lado nenhuma das verdadeiras epopeias emocionais que passaram pelo Campo Pequeno, do novo álbum, grandes momentos com "Inní Mér Syngur Vitleysingur", "Festival", "Við Spilum Endalaust" ou um estrondoso "Gobbledigook". Dos antigos, entre muitos outros, Glósoli" ou "Hoppipolla"... Um fecho brutal com Popplagið e uma quase destruição do palco que deixaram o público em chamas com ovações intermináveis que os trouxeram duas vezes ao palco para agradecimentos que mais pareciam trocas de carinhos entre a banda e cada um dos presentes naquele espaço onde o amor à música aconteceu...
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"Takk" (obrigado), por toda a magia. Foi sem dúvida um dos melhores momentos da minha vida.
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(Glosoli)

NOTA: Há já vídeos aos montes no youtube do concerto, é só chegar-se lá e perder-se....

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A vida a mil

Há fases assim... O ritmo frenético com que galgamos os dias é tão rápido que até o momento de fecharmos os olhos e pedirmos paz se limita ao fugaz piscar por entre as intermináveis lembranças de agenda que tentamos organizar enquanto acabamos uma das mil tarefas para o dia...

As boas vibrações com injecções de força chegam a cada pessoa das mais diversas maneiras. A mim, nestes dias, chega com sons punk que encaixam na batida acelerada do coração.

E nem é preciso sair de casa! Fico-me por Paços de Ferreira com uma banda nova de gente boa, simpática e sempre muito bem disposta (mesmo quando a vida lhes corre a mil). O som é fresco, animado e cheio de uma juventude imparável com toda uma vida pela frente. Obrigada, amiguinhos, pela boa onda.

Half Baked, Home Alone
Beijinhos e abraços a todos os amigos e amigas. Prometo que arranjo para breve um tempinho para visitar os vossos espaços e encher-me dos vossos contributos para o meu sorriso!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Desafio Musical


Quando vi que uma certa menina me tinha deixado este desafio senti-me tentada a dar-lhe uma carga de lenha, mas a verdade é que a adoro e a pessoas tão especiais como ela não se consegue dizer não....

Assim rezam as regras:
- colocar uma foto individual;

- escolher uma banda/artista;

- responder às questões colocadas somente com títulos de canções da banda/artista escolhido/a;

- escolher 4 pessoas que respondam ao desafio, sem esquecer de as avisar.

Banda / Artista:

Janis Joplin


1) És homem ou mulher?

"Litle Girl Blue"


2) Descreve-te:
"Buried Alive in The Blues"


3) O que as pessoas acham de ti:
“Crazy Once You Know How"


4) Como descreves o teu último relacionamento:
"Trouble In Mind"


5) Descreve o estado actual da tua relação com o/a teu/tua namorado/a ou pretendente:
"Piece Of My Heart"


6) Onde querias estar agora?
"Half Moon"


7) O que pensas a respeito do amor?
"Amazing Grace"


8 ) Como é a tua vida?
"Down On Me"


9) O que pedirias se pudesses ter só um desejo?
"Get It While You Can"


10) Uma frase sábia:
"Nobody Knows You When You`re Down & Out"

(Qualquer dúvida acerca das respostas, favor contactar a gerência!)


Escolher 4 pessoas apenas revelou-se afinal a tarefa mais difícil. Tive que organizar os meus amigos blogosféricos pelos que conheço pessoalmente, os que não conheço, os que gostam mais de música, os que calculo que venham a aceitar... Enfim! Grande salsada! Optei por fim por quebrar uma regra e escolher 7 pessoas cujo resultado me suscita muita curiosidade tendo em conta os gostos musicais que deixam transparecer nos seus blogs.
O desafio segue para os seguintes bloggers:

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Os vossos dias de abundância estão contados"


"Os Edukadores". Aconselho vivamente.



"Manche menschen andern sich nie"....

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Viagem ao país da Imaginação


É segunda-feira (esse, que devia ser definitiva e oficialmente declarado o Dia Semanal da Telha) e o cinzento parece ter-se abatido decididamente no exterior. Tudo aborrece e todos ajudam, mesmo sem ser essa a intenção. Chove torrencialmente lá fora e anoitece mais cedo.
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Fecho os olhos. Vejo-me sair do meu corpo. Há uma viagem a começar.

Saio à rua e começo a sentir entrar-me pelos cabelos e pela roupa a chuva que cai violentamente. Os meus tons acinzentados começam a sair com a sua passagem e ganho cores vivas que se destacam nas paisagens pluviosas. Sabe bem sentir os pingos grossos tocarem-me o rosto, os pés chapinham nas poças, abro os braços para que a tempestade me inunde totalmente! Sinto-me viva e sorrio, e rio, muito, cada vez mais! Ao longe começa a fazer-se ouvir uma canção alegre... Está a aproximar-se! Ouço cada vez melhor e agora também o som me inunda! Começo a dançar; e a cantar, como se nada mais existisse, danço muito e canto e sorrio e sinto-me melhor que nunca!

Vultos começam a aproximar-se... Ao longe pareciam cinzentos mas agora que os vejo melhor também eles pareces ganhar cor! E também se começam a mover ao som da música! Rostos familiares! São os meus amigos, as minhas amigas... Tanta gente conhecida! Estão todos aqui!!! E outros tantos que não conheço... Somos uma multidão! Todos dançamos e cantamos e sorrimos e rimos e sentimo-nos bem!

Sinto-me tão feliz........

Há sempre um lugar neste mundo onde podemos ser felizes. Nem que seja no país da Imaginação.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

wow!.....

Não costumo partilhar situações desta natureza mas a que hoje vivi foi interessante... Senti-me regressar às origens da minha escola musical cuja responsabilidade coube sempre ao meu pai e com ele tive momento inigualável.

Estava eu a encordoar apressadamente antes de seguir para o trabalho quando o meu velhinho, que se encontra em transição de depressão para estado de euforia (consequente da doença bipolar que já o habita há vários anos), entretido com as suas inúmeras aparelhagens de que se lembra sempre que fica eufórico, pegou num dos seus velhos vinis e colocou no prato... Quando ouvi os primeiros acordes de "Circle of Hands" tudo parou e senti um delicioso aperto no coração! Olhei para ele e pensei: "Bolas, como eu gosto disto!" Há anos que não ouvia Uriah Heep e rapidamente esqueci o trabalho por fazer e lá saltei para o pc para ensinar mais algumas das maravilhas da tecnologia ao meu velhinho mostrando-lhe logo uma quantidade infindável de vídeos da banda no youtube aos quais, também ele, reagiu com um flashback: enquanto íamos passando por "Easy livin' ", "Gipsy", "July Morning" e tantas quantas nos apareceram à frente ele ia exclamando: "eeeeiiih! deixa lá ouvir este solo do teclista! eh, pá, esta voz é tão boa! olha, ainda hoje acho que foi o melhor concerto que vi em Portugal!" "Onde foi isso, mesmo?..." "[remetendo a memória para a juventude] Foi no Porto, no Pavilhão Infante Sagres, perto da Boavista... pronto, este e os dois seguidos dos Genesis, no tempo do Gabriel... eh, pá! espectáculo..."

Enquanto acabei o trabalho que tinha deixado ainda ouvi mais umas quantas, com aquele ruidozinho delicioso do vinil por entre a explosão de sons saídos de todo aquele sistema brutal de colunas que se calaram durante estes anos enquanto cantávamos, os dois, alto e lembrando antigamente, as letras que afinal ainda sabíamos de cor...

Cheguei atrasada ao emprego com esta brincadeira, mas valeu pela vida!


(Uriah Heep, Easy Livin')

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Hello, my name is human

Deve ser do frio. (O frio serve de desculpa para todas as nossas dores....) Hoje preciso de paz, preciso que se calem as vozes, que o meu pensamento vá à rua e me deixe só; preciso de deixar cair cansado o corpo em ferida no sofá e de me deixar comover pela inércia. Preciso de esquecer que o mundo gira e que não é suposto eu poder parar. Preciso de contrariar a minha insistente companhia na caminhada dos outros. Porque enquanto caminho sorridente e distraída não me permito perceber que eles aceleram o passo... Hoje preciso de aceitar que às vezes também sou deixada para trás.

(Sol Seppy, Human)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O poder hipnotizador do som


A expectativa era tal que as horas (e até os dias) que antecederam o concerto foram de um nervoso miudinho que me chegou a irritar. Ora bolas, só ia assistir a um concerto! Mas a verdade é que não era um concerto qualquer. Era Novembro!

A curiosidade que me levou a procurar a banda no início do ano, a forma como desde a primeira audição me senti fatalmente ligada, as transformações na formação, a criação da Novembro P1... Tudo isto (e muito, muito mais) me transportou até Guimarães com um nível de expectativa que nunca tive antes. E que dizer agora, em hora de balanço, de um concerto que me fez levitar num momento de magia em que a entrega, ora da banda, ora minha, ora de tantas outras pessoas que se deslocaram ao Centro Cultural Vila Flor por Novembro, foi de uma totalidade e devoção incríveis?....

As únicas notas negativas foram parte do público, que não conseguiu compreender o privilégio que estava a ter, e a compreensível escassez de tempo de concerto (uma vez que a nova formação dispôs de pouquíssimas oportunidades para se preparar e adaptar, tendo sido por isso forçada a deixar de lado algumas das canções do álbum, como Gastei Contigo as Palavras ou À Deriva, e outras não lançadas no primeiro registo do colectivo como Abandono ao Crepúsculo ou Vagabundo das Horas).

Se por um lado a novidade da formação encurtou o tempo, por outro serviu de exemplo para perceber a qualidade e a harmonia entre os elementos que encaixaram muito bem: Miguel Filipe (que dispensa apresentações) conta no seu "Exército de Fantasmas" com a força de Rui Alves na bateria (também a trabalhar com J.P. Simões e Vitorino), Hugo Leitão no teclado, Diogo no baixo e João Portela na guitarra (o resistente da formação que gravou o álbum À Deriva ao lado do mentor Miguel Filipe).

As maiores diferenças, para mim que sou uma leiga, notaram-se talvez no baixo e na bateria: ambos com uma presença mais forte e mais constante, mesmo nas canções que no registo de estúdio não entravam. Também a voz do líder do projecto soa de uma forma bem mais intensa no registo ao vivo, e por isso também (ainda) mais envolvente.
O decorrer do concerto foi um desenrolar de emoções que fizeram levitar as almas mais devotas. Se nas primeiras duas canções (Jornada dos Passos Cegos e Solidão a Dois) se notou um nervosismo geral, quer da banda, quer do público que demorou a acalmar, a partir de Plenitude todo o cenário se transformou num mundo mágico por onde se flutuava ao som de melodias que numa linguagem de trevas transmitiam uma beleza perturbante. Grande momento com "Plenitude" (possivelmente pela minha adoração a esta canção), "Leva-me Daqui" e a finalizadora e estrondosa "Algemas".

Quanto à Novembro P1, diria apenas que me tornei fã daquele som eléctrico com que soavam as nossas notas tão portuguesas.... É muitíssimo difícil descrever algo tão novo e tão intenso. O vídeo que se segue traz uma pequeníssima amostra do som que Miguel Filipe arranca da sua "menina". No fim, digerindo o momento que acabara de viver, só o consegui qualificar de hipnotizador...

Bravo, Senhores!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Já te levantaste hoje?


Hoje, dia 17 de Outubro é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Em solidariedade com o movimento Levanta-te venho hoje pedir a quem me lê que o faça também. "Em 2007, mais de 43 milhões de pessoas levantaram-se para exigir aos líderes mundiais que cumpram as suas promessas para acabar com a pobreza e desigualdade. Portugal contribuiu com mais de 65 mil vozes nesta iniciativa." Este ano era muito bonito que muitos mais se juntassem a esta luta pois 2015 aproxima-se velozmente sem que muitas das promessas feitas tenham a acção à vista. Urge, portanto, que nos levantemos e façamos os governos honrar as suas palavras.
Não convencidos? Relembrem-se então os números:

- 980 milhões de pessoas vivem com menos de 75 cêntimos por dia e quase metade da população mundial (2,8 mil milhões) vive com menos de 1,5 € por dia.

- Mais de 800 milhões de pessoas vão para a cama com fome todos os dias... 300 milhões delas são crianças. Desses 300 milhões de crianças, apenas 8% são vítimas de secas ou outras situações de emergência; mais de 90% sofre de má nutrição de longo prazo e deficiências de micronutrientes.

- A cada ano, seis milhões de crianças morrem de subnutrição antes de completarem cinco anos de idade.

- Mais de 50% dos africanos sofre de doenças relacionadas com a água, como a cólera e a diarreia infantil.

- A cada 30 segundos, uma criança africana morre de malária – num total de mais de um milhão de mortes infantis por ano.

- A cada ano, entre 300 e 500 milhões de pessoas são infectadas com malária. Cerca de três milhões de pessoas morrem como resultado.

- A África Subsariana tem apenas 4% dos trabalhadores de saúde, mas 25% do peso mundial de doenças. As Américas têm 37% dos trabalhadores de saúde, mas apenas 10% do peso mundial de doenças.

- Mais de 1 a cada 4 pessoas adultas não conseguem ler ou escrever. Dois terços delas são mulheres.

- As mulheres trabalham dois terços das horas de trabalho no mundo, produzem metade da comida do mundo, mas recebem apenas 10% da renda mundial e possuem menos de 1% da propriedade privada mundial.

- Quatro em cada dez pessoas no mundo não têm sequer acesso a uma simples latrina. Cinco milhões de pessoas, a maioria delas crianças, morrem em cada ano devido a doenças ligadas ao contacto com a água.

- 2,6 mil milhões de pessoas não têm acesso a condições sanitárias dignas. O Objectivo de Desenvolvimento do Milénio 7, de providenciar metade do deficit global de condições sanitárias, partindo dos níveis de 1990, apela para a extensão das mesmas a mais de 120 milhões de pessoas por ano até 2015.

(Fontes: Relatório de Desenvolvimento Humano 2003, 2005 e 2006, Indicadores do Milénio, Projecto do Milénio, FAO, UNESCO – Relatório de Monitoramento Global 2007, Campanha pela Educação, UNAIDS, UNICEF)
(Dados retirados do sítio no Movimento Levanta-te)
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Então?... Ainda confortavelmente instalados nas vossas cadeiras?...
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Parem lá de pensar que o vosso humilde gesto não serve de nada!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Quem te avisa, teu amigo é!

Este assunto já foi várias vezes referido aqui na toca, mas uma vez que o momento se aproxima é sempre bom lembrar os mais esquecidos que é já no próximo sábado (hora prevista 23:00) que os Novembro actuam no café-concerto do CCVF em Guimarães.


Não esquecer que além de este ser o primeiro concerto da banda no Norte, temos ainda direito a bombom com a apresentação da Novembro P1.

Vá lá, apareçam! Aqueles que ainda não perceberam muito bem a minha dedicação a esta sonoridade depois do concerto vão certamente começar a compreender.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Uma mão cheia de verdades

Além, claro está, da mensagem, a quantidade de questões sociológicas que este vídeo levanta é fabulosa... Para ver, sentir, identificar-se e, acima de tudo, reflectir....

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Resumo alargado dos últimos dias e previsão até domingo


Desde sexta-feira a minha vida tem sido: encordoar.











Não, não tenho feito mais nada. (Excepto, claro, saciar as necessidades básicas, como a fome ou o sono, quando há tempo para isso; e higiénicas, claro!)

Prometo que quando o Solverde Tennis Cup onde estou a trabalhar como encordoadora oficial terminar regresso à minha actividade blogosférica e actualizo todos os posts e comentários nos blogs amigos que tenho em atraso.

Nat Adderley - Work Song)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Declaring myself a full in love


Hoje dei comigo a gostar de mim. Não sei se foi do casaco novo ou da saída vitoriosa de uma discussão atribulada. O que sei é que hoje quis namorar-me, mimar-me, fazer-me feliz... Olhei-me muitas vezes e sorri-me; achei imensa piada às olheiras que até me pareceram dar um toque maroto de quem anda a dormir pouco; pisquei-me o olho; admirei-me os passos leves e seguros; achei-me bonita...

Hoje, por momentos, senti-me apaixonada: admirei as nuvens de algodão no céu azul, sorri ao rio que me correspondeu com o brilho dos raios de sol nas águas onduladas, interrompi o meu percurso para correr com as crianças no parque, ri alegre com expressão de perdão para o condutor que quase me atropelou na passadeira, rebolei na relva, dancei uma valsa circense, senti-me uma tonta feliz.... Hoje enamorei-me de mim.

(Até chegar ao emprego!...)


(Madame Godard: Queens Of The Twilight)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ele há coisas do diabo...

Primeiro dia de aulas do último ano. O sentimento de insegurança e medo do futuro que estamos quase a alcançar está estampado no rosto e na preocupação de todos. Pretendo queimar o tempo que resta da hora de almoço a ouvir a minha música e a ler o livro que peguei da estante dos livros em espera onde o fora deixando para trás durante uns quatro anos. Abro-o e o primeiro contacto que tenho com a leitura é este:

"Mais tarde ou mais cedo, a vida há-de aparecer-me à frente e eu salto-lhe ao caminho. Como um leão."
(Harold Conti, Argentina)

Talvez o sentido me tivesse passado ao lado ou de leve se tivesse escolhido o livro noutra altura da minha vida. Mas peguei-o sem pensar duas vezes nesse dia. E ele trouxe-me as palavras que precisava de ouvir! Venha ela!

Haverá melhor exemplo das aparições repentinas da vida na nossa existência do que os ingleses The Zimmers?

sábado, 20 de setembro de 2008

Ruídos de um Peixe motorizado

A corrida contra o tempo revelou-se inútil. A hora de intervalo entre a saída do trabalho e a hora marcada para o concerto de Peixe:Avião no auditório do Passos Manuel podia ter dobrado mas nem o facto de não ter jantado para chegar a tempo me causou qualquer tipo de arrependimento pelo sacrifício. Sabia ao que ia e estava certa que ia gostar.

O ambiente, bastante mais intimista que o palco do ventoso Festival do Barco, compôs-se em poucos minutos e as cadeiras do Auditório ficaram quase todas preenchidas para receber os meninos de Braga que andam a intrigar o ouvido de muita boa gente.

A "Espera é Um Arame", por isso mal os 5 elementos se instalaram no palco a viagem começou. Respeitando o alinhamento do álbum lançado na passada segunda-feira foram aterrando com especial engenho em "Frio Bafio", "Camaleão" (com uma tímida participação de Ana Deus) e "Barbitúrica Luz".


Se ao longo da apresentação das 10 canções do álbum 40.02 fui sentindo a presença da muito falada influência de Radiohead na sonoridade da banda, quando o "Interlúdio" encheu a sala de um som hipnotizante que esbugalhou os olhos da assistência, a sonoridade foi completamente nítida na influência da genialidade experimentalista dos primórdios Pink Floyd em tempos de rock psicadélico de que "Live at Pompeii" (1972), um muito aconselhável documento em formato de vídeo, é testemunha.

A fechar a mesma canção que marcou a primeira vez que vi Peixe:Avião: "Tirar e Volta a Dar", da qual deixo um registo em vídeo captado no mesmo espaço no início deste ano.
Vão longe, estes meninos.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quando for grande quero ser bombeira!

Obrigada ao Nigmatic que me fez ganhar o dia com esta!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Piada do dia

Após várias horas de fila de espera (em que se amontoaram inscrições de primeiros anos com anos seguintes e todos os afins) para a conclusão das inscrições nessa digníssima instituição pública que é a FPCEUP, algumas das (muitas) colegas que não tiveram a mesma sorte que eu na moderníssima inscrição online para as turmas através de um super SIGARRA que esteve um ano em preparação para este novo modo de funcionamento que se revelou o mais chocante dos falhanços, traduzido no caos dos corredores cheios de filas da faculdade, ouviram a seguinte resposta: "nós na secretaria não podemos fazer nada, vai ter de continuar a tentar online". Nota importante: estamos a dois dias do final dos prazos.

O mais engraçado: há disciplinas opcionais cujas vagas estão a ser rapidamente preenchidas, não por alunos internos, mas por alunos de outras faculdades, significando isso que em alguns casos alunos internos terão que ir fazer disciplinas opcionais OBRIGATORIAMENTE a outras faculdades, se é que querem o número médio anual de ETC's cumprido (e viva a mobilidade!)...


Mais engraçado ainda: a culpa é lançada pelos serviços académicos ao SIGARRA, esse pobre bicho informático, que não tem voz para se defender nem moral por que se guiar.


E agora pergunto-me: os quase 1'000.00€ anuais que cada aluno paga só de propinas não fazem merecer ao menos algum respeito?...

É nestas andanças de carrocel que se encontra o ensino superior público!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Quando os diamantes se apagam...


"Londres, 15 Set (Lusa) - O teclista Richard Wright, um dos membros fundadores dos Pink Floyd, faleceu hoje, de cancro, aos 65 anos, informou o seu porta-voz.
Wright, também conhecido por Rick Wright, nasceu em Londres em 1943 e entrou para os Pink Floyd em finais dos anos 60, participando no primeiro álbum do grupo, "The Piper at the Gates of Dawn", em 1967, com Syd Barrett, Roger Waters e Nick Mason.
Dave Gilmour juntou-se à banda em 1968 e Barrett saiu pouco tempo depois.
Com esta nova formação, os Pink Floyd atingiram um dos pontos mais altos da sua carreira em 1973, ao lançarem o álbum "The Dark Side Of The Moon", no qual Rick Wright teve uma importante prestação e que se manteve na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos durante mais de um decénio.
Com a "impressão digital" de Roger Waters bem evidente, "The wall", de 1979, foi outro dos grandes êxitos do grupo.
Rick Wright afastou-se, por essa altura, Waters sairia também, algum tempo depois, mas o teclista regressou em 1987, participando a partir de então noutros álbuns, nomeadamente em "The Division Bell", e em tournées do grupo.
Os Pink Floyd voltaram a reunir-se em 2005, pela primeira vez em 24 anos, no concerto Live 8 em Hyde Park em Londres.
RMM.
Lusa/fim"

E assim se apagou a luz de um crazy diamond....

domingo, 14 de setembro de 2008

Na companhia de Theraphosidaes

Ontem quando saí de casa encontrava-me numa encruzilhada de possibilidades musicais... Rumar a norte, ao interior, a sul ou ficar-me pelas terras de Santa Maria era questão de me desenvencilhar das dúvidas e perceber aquilo que me pedia o ouvido para a noite. Deixei os novos sons alternativos e as bandas batidas de lado e parti rumo à old school que se faria ouvir ao longo da noite em Mancelos, concelho de Amarante, por onde iriam passar esses Senhores do Metal português que já fazem carreira há tantos anos quantos eu existo: falo, senhoras e senhores, de Tarântula.

Não os via há uns valentes 12 anos e mal ouvi os primeiros acordes da guitarra de Paulo Barros tive a certeza que tinha feito a melhor escolha: A banda de Valadares (Vila Nova de Gaia) continua a justificar os kms de estrada para assistir a concertos que nos elevam nos riffs enlouquecidos, nas letras de canções que há anos se tornaram hinos e no gozo imenso de ver que a idade pode estar a passar por todos mas que a vontade de continuar a fazer soar bem alto as notas da velha escola continua a correr-nos, a todos, no sangue.

Paulo Barros, por muito boa gente considerado o melhor guitarrista português, justifica sem qualquer esforço porque tantos companheiros procuram a sua escola e lhe seguem os passos; Luís Barros, leva os sons da sua bateria ao infinito numa pose que inspirou alguns dos meus amigos que tentam a carreira na bateria; Zé Aguiar, muito bem-disposto, como sempre, sempre pronto para posar para a foto, conduziu com o seu baixo a fanfarra metálica com o claríssimo à-vontade que as quase três décadas de experiência o dotaram; Jorge Marques, com a compreensível barriguinha, inexistente por alturas do primeiro concerto que na época até me fazia suspirar ais adolescentes, nota-se dono de uma voz continuadamente cuidada e poderosa, a qualquer momento preparadíssima para dar provas da sua qualidade entoando os hinos da história da banda.

Grandes momentos (embora difíceis de separar num excelente concerto na sua totalidade): You Can Always Touch The Sky e a versão de You Shook Me All Night Long, dos inspiradores AC/DC.

Uma vez que não encontro vídeos no youtube (e ainda não perdi a vergonha para publicar os meus), convido quem não conhece a visitá-los no myspace e a dar uma vista de olhos na carreira da banda enquanto vai ouvindo excertos de algumas das suas obras.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

"Ever Feel Like You Were Being Held Back?"

"Chain 2", desenho gentilmente autorizado por Jesse Bear Rebock.




Haverá maior sensação de desconforto que a de sermos impedidos de fazer algo de bom por aquilo em que acreditamos em nome do benefício de quem detém poder?.....



(Line Rider "Claustrophobia"; música "Hand of Time", ReflectionTheory )

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Remember Rua Sésamo

Esta pode ser a minha prova pessoal mais chocante de como a língua portuguesa pode ser muito traiçoeira...
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Desde muito pequena, no tempo em que a Alexandra Lencastre fazia papeis de boazinha e encantava a rapaziada, tive um grande respeito pela mensagem que esta música transmitia, sendo que era um valente instrumento de auto-confiança para quem pudesse eventualmente sentir-se mal na pele que vestia...
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Enfim, admito que ainda hoje quando a canto ganho uns quantos olhares desconfiados, como quem diz, "hein???"
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Atente-se ao refrão e qualquer dúvida ficará imediatamente dissipada.

Lembranças do Vimus 2008


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Terminou ontem a 2ª Edição do Vimus, Festival Internacional de Vídeo Musical realizado na Póvoa do Varzim, por onde passaram alguns dos melhores videoclipes nacionais e internacionais do último ano e também uma mão cheia de documentários e retrospectivas.
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Além das qualidades óbvias de um evento do género para esta arte (refiro-me à divulgação e ao reconhecimento), não poderia deixar de aplaudir o facto de a entrada ser livre, o que facilitou a presença não só de quem se deslocou propositadamente à Póvoa para o evento, mas também de quem acabou por entrar pela curiosidade e ficar pelo interesse que as rodagens despertavam.
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Na memória ficam dois dos videodocumentários em competição que apreciei especialmente, talvez por funcionarem um pouco como instrumentos de denúncia da censura, da repressão, dos abusos de poder e de tantos outros atentados à liberdade que em pleno Século XXI acontecem em determinados países num silêncio assustador.
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Music Partisans (Miroslaw Dembinsky; Polónia; 2007)
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Sounds Of Silence (Amir Hamz & Mark Lazars; Irão, Alemanha, Reino Unido; 2007)
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sábado, 6 de setembro de 2008

Micro Audio Ondas


Quando me vi de bilhete na mão para assistir ao concerto de ontem dos Micro Audio Waves no Cinema da Batalha no Porto pensei que devia estar a passar-se algo de errado comigo... A verdade é que conhecia muito pouco do trabalho da banda. Junte-se ainda o facto de que sempre fui um bocado céptica em relação à música electrónica: só a considerava aceitável em quantidades moderadas. Até então a imagem que tinha deste colectivo era, digamos, 75% electrónica (índice demasiado elevado para o meu ouvido); 25% de um "rock" experimental no qual só acreditava graças à permanência do Flak nas lides da guitarra. O grande "empurrão" foi a presença daquele magnífico espécimen que muito aprecio que se dá pelo nome de The Legendary Tiger Man. A curiosidade ia-me matando: como raio é que eles se vão entender em palco?...
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O trio (Claudia Efe, vocalista; Flak, guitarra; e Carlos Morgado na componente digital) fez-se acompanhar de Fred na bateria e Francisco Rebelo no baixo. De destacar, a vocalista, que num estilo retro em tons vermelhos que destacavam a sua farta cabeleira loira, tem uma presença marcante, não só no que toca aos movimentos ora robóticos ora eléctricos com que aos poucos se vai soltando; ora pelos contrastes entre a energia e a melancolia que vai protagonizando de acordo com os ritmos que vão saindo do palco. Flak é também um elemento que se vai destacando ao longo do concerto com guitarradas que ditam a viragem para sonoridades que apelam ao tal rock alternativo (e tornam as canções menos chatas e mais audíveis, diria...). É difícil "rotular" (e ainda bem, confesso) o som produzido pelos Micro Audio Waves uma vez que é possível numa só canção adivinhar a presença de variados géneros, pelo que me fico por um índice mais confuso do que o que levava na cabeça à entrada do concerto... Para a memória ficaram especialmente Curl Like a Cannonball e Long Tongue que me apaixonaram, sendo que Fully Connected foi também um momento muito agradável, talvez pela presença de todos em palco que animou bastante o público.
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As surpresas, essas, foram muito boas! Além do DJ Ride (cuja prestação prefiro não comentar porque não aprecio / não conheço / não percebo desta arte) e do já esperado The Lagendary Tiger Man, que com o colectivo nos presenteou com um dos momentos mais altos da noite num cover de Suicide; brindou-nos ainda com a sua sempre animada, enérgica e irónica presença Rui Reininho, o homem com a maior pronuncia do norte que brilha onde quer que apareça...
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A repetir?... Possivelmente.
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(Como ainda não perdi a vergonha para publicar os vídeos horríveis que às vezes faço deixo uma captura feita num outro concerto realizado em Leiria no início do ano)

(Long Tongue)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Para as minhas amigas....

Há dias em que somos assaltados por uma tremenda lamechice e sentimos necessidade de a expor. Possivelmente porque ultimamente tenho sentido saudade das que estão longe, alegria com o reencontro das que regressam ou reaparecem, prazer com o encontro de novas, penso ser talvez uma boa altura para homenagear todas as minhas amigas / irmãs da vida, assim como as novas amigas blogosféricas que fiz e por quem sinto um carinho muito especial. Todas têm dado uma cor e uma energia muito bela à minha vida, essa que só o mundo feminino consegue irradiar quando a amizade é sincera.

Obrigada pela vossa brilhante existência.


(Antony and The Johnsons, You Are My Sister)